sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Crônica de primavera

Hoje acordei cedo, como de costume.
Tomei café junto de pessoas maravilhosas e felizes. Comemos um delicioso pão quentinho feito em casa e ouvimos músicas agradáveis.
O sorriso inocente e sincero do bebê derreteu meu coração, de tanto que o amoleceu.
O balançar dos rabos me dizia algo. Um dos cachorros, feliz ao me ver, aguardava ancioso por sua dose matinal de ração. O outro, embora feliz e embora com fome, só desejava do fundo de seu coração canino que eu chutasse a bolinha para que ele fosse buscá-la.
No trajeto até o trabalho, avistei uma avenida cheia de ipês maravilhosamente floridos colorindo a avenida, como se fossem feitos a mão pelo Cara-lá-de-cima.
No mesmo trajeto, avistei um pássaro elegante, que parecia ter se produzido em frente ao espelho para desfilar nos ares. Ele possuía um equilíbrio excepcional entre seu bico e seu corpo corpo. O tucano me permitiu avistá-lo cruzando a rodovia como se simplesmente passeasse num bosque florido. Foi emocionante. Também avistei flores roxas espalhadas no canteiro central da rodovia.
Assim como para Joseph Climber, percebo que a vida é, de fato, uma caixinha de surpresas.
...
Hoje acordei cedo, como de costume. A diferença é que é hoje é primavera.

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