segunda-feira, 10 de setembro de 2012

E se eu estiver errado

O esporte, brasileiro


Vibrava o grande Osmar Santos durante a copa do mundo de 1994: "eee queee gooooooooool!" disse ele. Logo em seguida, assisti a mais ousada, criativa e marcante comemoração de um gol das que vi na vida.

Não sou muito à favor dessa onda de dizer que o meu tempo foi ilimitadamente melhor que o de uma criança de hoje, mas esses fatos deixam uma marca em quem os vê, deixam um sentimento onde se via um amor verdadeiro pelo que era feito, entendo que havia o verdadeiro amor à camisa.

Na mesma copa do mundo, outros dois jogadores marcaram muito em um belo lance, um lance que eu denominaria "a envergadura romariana após um chute branquial". Branco tinha um canhão nos pés e seus chutes foram outra grande marca daquele evento.
Um jogador que fez por merecer, vibrando e chorando pelo gol marcado em nome da sua seleção.

Também o grande pequeno Romário, que foi o nome da brasileiramente gloriosíssima copa do mundo de 1994, e que tanto fez pela seleção, nada deixou a desejar.

O alagoano nascido para o futebol, Mário Jorge Lobo Zagallo, atuando como jogador e consagrando-se, posteriormente, como auxiliar-técnico na mesma copa do mundo e dono da mais mega-devastadora frase já dita publicamente: "VOCÊS VÃO TER QUE ME ENGOLIR!". Ah! marcou, essa marcou.

Outro fato marcante para mim, mero menino nascido, criado e alimentado no país do futebol, recordo fácil e fortemente da defesa mais espetacular - e perigosa e arriscada - já feita nesse mundo. O nome do corajoso goleiro é Rene Higuita, marcando a vida de inúmeros espectadores com a cena:


A música


Não sei se é porque cresci num ambiente calmo de cidade pequena, rua com algumas poucas crianças, ouvindo o carrinho do sorvete a 3 esquinas de onde morava, vendo terrenos, galpões, a igreja da cidade e a escola que estudava e também os butecos e um puteiro, mas as "antiguinhas" me fascinam, me agradam sem limites.

De "antiguinhas", falo de músicas.

Sabe aquela música que te alegra, tem um compasso de quatro-por-quatro, não diz nada com nada, repete as estrofes, o refrão e as batidas do começo ao fim? Então... não é disso que eu quero falar.

O que, de fato, quero falar, é sobre... sabe aquela letra cantada que te remete à lembranças de infância, com uma voz única de cantor, ou dupla, ou banda, e que a melodia deixa explícito que foi carinhosamente confeccionada para aquela letra? Sim, é disso que quero falar.

Particularmente, meu negócio é o "rockão antigo", daqueles não muito pesados, mas badalados e ao mesmo tempo clássicos, nacionalmente representados por RPM, Engenheiros do Hawaii, Titãs, dentre infinitos outros, e internacionalmente representados por Beatles, Creedence Clearwater Revival, Deep Purple, dentre outras tantos infinitos cantores e bandas.

Anos 60, 70, 80 (ah! os belos anos 80) e um pouquinho dos anos 90, onde vingava este maravilhoso gênero  que é o rock'n'roll e também o maravilhoso sertanejo de raiz e também outros e outros e outros. Mas gostaria de focar, neste post, no rock'n'roll e no sertanejo raiz.

O rock'n'roll

Sabe aquele filme de um herói popular, que salva quem precisa ser salvo e na última cena do filme dirige um Cadillac conversível com sua garota ao lado, num final de tarde sobre a estrada vazia de um deserto estadunidense e ao som daquela canção que dá sentido ao filme? Provavelmente é o tipo de rock'n'roll que me refiro. Sabe aquele cara com fama de mau, de óculos escuros e jaqueta preta de couro, deixando as garotas molhadinhas perdidas de paixão ardente, um cara brigão, que dá suas cabeçadas na vida mas tem amigos que o ajudam em qualquer momento? Essa "imagem" criada foi fruto do rock'n'roll.

O rock'n'roll, fruto da mistura de alguns outros ritmos, mas em especial o Blues e o Country, é um ritmo que deixa o sentimento explícito durante suas canções. É um ritmo que tentarei resumir em uma música. Sugiro que aumente o volume o máximo que puder para absorver todo o sentimento que há nela durante seus 5 minutos e meio. Faça bom Tire o melhor proveito:

É impossível resumir somente em uma canção. Não poderei deixar de fora este super clássico:

O sertanejo raiz / moda / modão / viola

O sertanejo raiz é diferente dessas "canções" que vejo pipocarem, virarem febre - e não entendo como nem por quê - e atormentarem nossa mente, durante o resto do dia, a partir do momento que são ouvidas. O sertanejo que quero tentarei referir-me é aquele som que nos remete a sensações campestres, com visual sentimental de terra, de animais, de viola com sanfona. Para não ser injusto, utilizarei para resumo uma dupla atual que, neste vídeo, interpreta as antigas.

Não dá pra deixar de fora os antigos hits românticos

Não consigo entender como essas canções podiam, e ainda podem, tocar até o mais bruto coração, seja num momento apaixonado ou num momento de tristeza - ou os dois - ou outro qualquer. Apenas para refletir que não dá pra falar de música antiga sem mencionar este ritmo.



Dentre outras coisas...


É... falar do passado é fácil e renderia ainda linhas e linhas. Podemos citar brinquedos, brincadeiras, bons-modos, educação, moradias, tecnologia... Mas, se estivéssemos num tempo passado, este post não seria lido tão facilmente.

É... se bem que as coisas também melhoram, bem menos do que as que pioram, mas e se eu estiver errado?!?

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